terça-feira, 25 de julho de 2017

Contra quem está contra o Gentil Martins - 5

Uma pausa no comentário ao documentário. O que me sobressai disto tudo é a aniquilação de qualquer possibilidade de uma cultura de debate (aquela pela qual suspirava uns posts atrás num debate Eagleton vs. Scruton) sobre o assunto da homossexualidade. Isto é uma coisa um tanto singular, pelo menos quando comparado com a discussão do aborto ou da eutanásia, ou até da adopção por casais do mesmo sexo, em que alguns argumentos foram esgrimidos. Quanto à homossexualidade em si mesma, os defensores do movimento LGBTQ habituaram-se a reagir àqueles que normalmente são chamados trogloditas, como se classificá-los dessa maneira fosse uma forma de argumentação. Aliás, "classificar-nos", na verdade, porque sem dúvida que me encaixo no perfil habitualmente traçado do "troglodita homofóbico".
Mas neste episódio quiseram aplicar a mesma receita a um dos médicos mais conceituados do país (e ao mesmo tempo, num taticismo revelador, defender as experiências parentais de Cristiano Ronaldo), e continuar a dispensar os "argumentos" pelos quais suspiro à tanto tempo, num assunto que, segundo a narrativa gay, tem tanto de biológico como de objectivo, logo sujeito a arumentação científica. Felizmente, esta atitude trumpiana não passou despercebida e foi castigada com atenção mediática prolongada. Só por isso, as palavras do médico já valeram a pena.

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