quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O presente d'O Regresso ao Futuro

O que há a assinalar no presente de O Regresso ao Futuro é que vivemos a época em que ninguém quer saber o futuro. Ninguém o anseia, nem muito menos o antevê com optimismo, ou pelo menos, com um optimismo irrealista. Juntar os dados actuais leva-nos a concluir que o futuro acabará por tomar um aspecto pos-apocalíptico, se não apocalíptico mesmo. Os programas de divulgação tecnológica e cientifica, como o Para Além do Ano 2000, emagreceram imenso, e quando vemos a rubrica O Futuro Hoje - agora que já lá chegámos - é impossível que a maioria das pessoas que pensam com a própria cabeça não encare aquelas engenhocas com mais apreensão do que fascínio; adquirimos filtros mentais anti-fascínio, porque a isso fomos forçados.
Aproveitar o presente é o que está a dar; o passado é o único lugar que parece seguro; sabemos que o futuro não promete.

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