Havia ainda o domínio insuportável do hip hop comercial. Quando fui à viagem e finalistas a Lloret del Mar, julgo que ouvi mais de cem vezes In da Club, do 50 Cent.
Eu fui para a universidade em dois mil e três, e isso coincidiu com a tal mudança da música. Os vídeos mudaram, a sonoridade mudou, a roupa mudou, a figura do DJ deixou de existir nas bandas. Os assuntos das músicas mudaram radicalmente. Não só mudaram radicalmente, como o que estava para trás foi rejeitado como sendo "de mau gosto". Figuras públicas fizeram declarações a enxovalhar os Limp Bizkit, como Courtney Love (viúva do Curt Cobain que Fred Durst tem tatuado no peito) , ou baixista dos Rage Against the Machine (que seria uma das principais inspirações da banda).
Entretanto, é como se esta mudança tivesse deixado uma geração (a da minha idade) musicalmente orfã. Alguns ainda gostam de ir aos festivais assistir à sua "velha guarda", incapazes de gostar, no entanto, de toda a música feita depois de 2003 por essas mesmas bandas. Outros, cortaram por completo e são incapazes de elogiar aquela música enquanto música, podendo no entanto elogiá-la enquanto banda sonora da sua adolescência (da mesma maneira que olham com saudosismo para outros disparates que possam ter feito).
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