quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ao ver Inside Llewin Davis

Empatizo com a solidão de Llewin e da sua arte, incompreendida no seu tempo, mas hoje totalmente aceitável. Um pouco como um físico teórico que postula a existência de um Bosão de Higgs, e pode muito bem ser visto como um louco, até que o físico experimental confirme que afinal tinha razão.
Ser fiel ao que se sabe ser bom e verdadeiro, mesmo quando isso é mal aceite pela maioria, é um valor que tem de ser apregoado nestes dias de sofismo generalizado.
No final do filme, aparece Bob Dylan a iniciar um concerto seu. Ele é o físico experimental, que - sabemos hoje - iniciaria a mudança de paradigma que daria a razão a Llewin Davis. A sua música era realmente boa. A aparição de Bob Dylan parece ser uma recompensa deixada a quem torce durante o filme por aquele protagonista cheio de defeitos, mas cuja música não podia ser ignorada.


É engraçado que depois de escrever os parágrafos acima, fui ler os comentários ao vídeo no Youtube e encontrei isto:

One reason why Llewyn Davis wasn't achieving success as a solo performer in the film was that his style was 40 years ahead of it's time- all emotion and sensitivity. Not sure who created the current taste for this type of peformance...Will Oldham? But back in the early 60's this performance would have seemed hopelessly introspective... 

+Stephen Charman Totally agree with your original point, though I wonder if there'll ever truly be a time for Davis' style. He was an artist who believed that if he put all of himself into his art he would succeed. And the final blow to that faulty (sadly) belief was Dylan.

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